Alegre-se nas tribulações!
Conforme o espírito do Evangelho, isso é o que também disse Paulo:
Alegre-se nas tribulações.
Porque no meio das trevas dos nossos corações, Ele acendeu a luz.
A luz é Jesus Cristo, Jesus nossa Páscoa, Jesus nosso Natal, Jesus nosso
Pão de Vida, Jesus nossa Água de Vida, Jesus a Vida por meio da qual tudo foi
feito para nos favorecer.
Desse modo, Ele mesmo brilhou em nossos corações, acendendo a luz do
conhecimento da gloria de Deus perfeitamente manifestada na face de Cristo,
porque Ele é Amor.
Somente o Amor é capaz de manifestar tamanho poder de aperfeiçoar-nos
nas nossas fraquezas.
Sim! Somente aos fracos é dado o privilégio de ver esse incomparável
poder que vem de Deus.
Os fortes nada entendem do poder de Deus. Porque o supremo poder de Deus
é Amor em Graça e Misericórdia que se manifesta na debilidade de quem consegue
dizer: “Senhor, aumenta a minha pequena fé” e ouve como resposta: “A minha
graça te basta, porque meu poder se aperfeiçoa na tua fraqueza”.
Sem Ele, nada podemos fazer.
Ele habitando em nós, nos dá o poder de qualificar, reinterpretar,
alterar qualquer que seja o significado da situação aparentemente desastrosa.
“Somos atribulados em toda parte, mas não esmagados;
Estamos em tremenda dificuldade, mas não desesperados;
Somos perseguidos, mas não desamparados;
Derrubados, mas não destruídos”.
E Paulo ainda diz que até mesmo nosso corpo, nosso “vaso de barro” deve
servir para manifestar a vida de Jesus.
A constatação do obvio, para aqueles que não aceitam ou tem dificuldade
de aceitar a obviedade do “solo hecho”, do simples fato de existir (que todos estamos expostos à morte) e que ganha transcendência
quando Jesus é o centro gravitacional da existência a qual recebe no Evangelho
um significado existencial chamado vida.
Portanto, viver ou morrer sempre será algo que terá valido a pena se o
objetivo foi manifestar a vida de conforme Jesus.
De modo, ser ministro de Deus implica aprender a perseverança nas tribulações,
nas necessidades, nas angustias, nos açoites, nas prisões, nas fadigas, nas vigílias
(não me refiro a essas vigílias de “oba, oba” e “reteté”, mas nas vigílias que
implicam passar noites em claro cuidando enfermos no hospital ou em casa,
chorando com os que choram; me refiro a vigílias para sair e alimentar
famintos, acolher os órfãos...).
Ser ministro de Deus é uma provocação para que aprendamos a perseverança
nos jejuns, na sinceridade, no conhecimento, na paciência, na bondade, no amor
sem fingimento, na palavra da verdade e no poder de Deus;
Com as armas da justiça à direita e à esquerda, com a glória e o
desprezo, com a boa e a má fama (porque tem muita gente julgando com a medida
com a qual serão também medidos); como desconhecidos, mas bem conhecidos; como
agonizantes, e eis que vivemos; como tristes, porém sempre alegres; como
pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e tudo possuindo.
Esse foi o melhor presente que recebi nesse Natal: alegria nas tribulações.
Obrigado Senhor!
Ozeias Bitencourt
Picada Café, RS, Brasil
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